Está é uma resenha que fiz do texto de Adriza Figliuzzi, falando sobre como é visto os gêneros masculino e feminino, é uma contribuição para ampliar olhares a cerca do assunto, espero que gostem!!
Quem não acha
estranho uma menina vestida de azul ou um menino ganhar uma boneca?Segundo
Adriza Figliuzzi acadêmica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul que
escreveu o texto “Carro – isso é coisa de menino”, há uma cultura que esta
transmitindo aos indivíduos como homens e mulheres devem agir, tais exigências
de comportamento disseminadas pela mídia aos poucos são aceitas pela sociedade,
a autora faz referência a revistas e a internet para comprovar suas ideias que
já vem sido discutidas por outros autores.
Os brinquedos e
brincadeiras estão conquistando o espaço de educação, com a difusão das teorias
pedagógicas e psicológicas, passaram a ser utilizados como ensinamentos e
aprendizagens lúdicas tanto no espaço escolar, como no espaço familiar,
observa-se a intenção de despertar o conhecimento através de jogos, acredita-se
que a criança pode aprender brincando, utilizando o brinquedo adequado, não
desrespeitando a faixa etária de cada um.
Normalmente as
meninas são vistas brincando de casinha com mini-utensílios domésticos, bonecas
e Barbie, pois estes brinquedos têm características ditas femininas e refletem
as práticas consideradas condizentes das mulheres, em algumas exceções pode-se
observa- las brincando com os meninos em lutas de bonecos, contudo, nestas
ocasiões são deixadas de lado, tendo um papel pouco representativo nas
brincadeiras.
Figliuzzi observa
que o carro se produz como objeto do mundo masculino, e tal pensamento é
construído desde a infância, os meninos mesmo pequenos são estimulados direta e
indiretamente a gostarem de automóveis,
reforçando assim a masculinidade dos mesmos, e quando tentam participar
das brincadeiras femininas são recriminados pelos pais e educadores, desta
forma explicita-se o título do texto sugerido pela autora.
Sendo assim, a
identidade de gênero e sexualidade presentes na mídia posicionam-se como um dos
caminhos que possibilitam a diferenciação na construção de gênero na infância,
mostrando o que é de menina e o que é de menino, tal pensamento se revela
tratando-se da forma como o menino é educado e como a menina é educada.
Observa-se que na
relação do sujeito com a cultura em que esta inserido, ele cria significados e
as dificuldades existentes na interação da criança com o brinquedo se dá pelos
valores estabelecidos através dos adultos, pois há muitas cobranças pela
família, e pelo corpo docente quando nas brincadeiras, meninos e meninas têm
atitudes contrárias as esperadas.
Em síntese o
estudo é relevante para entendermos o brinquedo na concepção de gênero como
possíveis modos de ser homem e ser mulher, isto é, diferentes possibilidades de
se viver e educar as masculinidades e feminilidades, sendo estes nuances que
apresentam caráter social e cultural.
Flávia Zuca
FIGLIUZZI,
Adriza. Carro- isso é coisa de menino. IN: FAZENDO GÊNERO 8 – Corpo, Violência
e Poder. Anais... 2008, Florianópolis: UFRGS. p. 1-6.